domingo, 8 de novembro de 2009

Da passagem entre os tempos

Neste ponto a história dos Campeões torna-se confusa, com vários registros difusos. O ano da Invasão das Feras em Époupai, considerado o Ano Zero por aquele pitoresco povo, coincidira com o ano da Chama Azul, quando Shirac, O Instável, assassinara Mystra, a deusa da magia, supostamente a mando de Shaar, e esse evento veio a alterar toda a ordem codmogonica de Faérün.
Sem Mystra para enredar e controlar a magia, a Trama fiada ao longo dos milênios tornou-se instável, incontrolável. Durante eras a Trama mantivera os Planos alinhados, afastados uns dos outros. Shaar, sedenta pelo pleno controle da Trama - e não só por seu lado sombrio- não imaginara que, ao assassinar sua irmã- perderia ela também as rédeas do Grande Tear.
O ápice destes eventos se dava quando Alminion, Salazar, Valkirion, Krystall, Pin e Thammy tentavam devolver as moedas sagradas ao templo dedicado à Orcus, o Principe dos Mortos-Vivos.

Para se ter uma visão geral de como se deu o assassinato de Mystra é preciso compreender que os deuses, habitantes do Mar Astral, são mais do que personificações de idéias, representações de algum aspecto do mundo. Os deuses de Toril são entidades com forma física, mais sutis que a dos mortais, que tomaram para si responsabilidades em um passado longinquo. No inicio das eras essas responsabilidades tornavam os planos equilibrados, mas por alguma razão além de nossas compreensões mortais - tédio é uma das hipóteses- os deuses passaram a disputar entre si bocados maiores de poder.
Sozinhos os deuses seriam incapazes de causarem mal uns aos outros, entretanto, alguns deles descobriram como utilizar a a fé de seus seguidores mortais para alcançar seus objetivos. Seguindo suas tendências os deuses tentavam impôr uns aos outros seus próprios pontos de vista e, mais de uma vez, Toril pôde vivenciar a deuses de justiça e paz tendo de utilizar de artifícos belicosos ou deuses supostamente sombrios fazendo benesses para determinados povos.
Shar, a Senhora da Perda e criadora da Trama das Sombras, pretendeu tomar para si o controle da Magia, seara de Mystra. Não pretendendo, entretanto, expor-se seus objetivos abertamente instigou Cyric, o Principe das Mentiras, a assassinar sua antiga rival, Mystra. A Deusa da Escuridão colocou seus servidores disfarçados no plano material para auxiliar as igrejas da Mãe da Magia contra os templos de Cyric. Por outro lado, os cultistas de Shar ofereceram recursos para auxiliar na ascensão de Orcus, Principe dos Mortos-Vivos. Shar reuniu-se com Cyric à beira do Grande Precipício e mostrou-lhe o que estava contecendo em Toril. Disse-lhe o quanto ele estava sendo fraco e que ele não havia como esconder dela, que podia enxergar os segredos de quem quer seja, que ele ainda nutria mágoa por Mystra desde quando eram mortais. Mystra for a cruel para com ele quando ascendeu ao Panteão e continuara sendo cruel desde então. Desse diálogo culminaria o assassinato da Senhora dos Mistérios.
(continua)

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