domingo, 22 de novembro de 2009

Poderes Cósmicos Fenomenais...

Perdidos em alguma floresta dos Vales, parte de nossos heróis decidem procurar notícias sobre sua cidade natal. Thamy, impulsionada pela obrigação para com seu templo e seu deus, Salazar para saber o que acontecera a suas propriedades e para ter certeza absoluta da morte de sua mãe e Valkirian porque preferia a companhia de humanos a um elfo "afetado" e um monstro mutante com várias formas.
-Nada contra você, Krystall. Mas você sabe, eu odeio elfos e dragões...- teria dito o carismático anão antes de pegar uma trilha, seguindo a monja e o guerreiro.

Sozinha na floresta enquanto o príncipe Alminion e Pin tentam encontrar algo na floresta que lhes dê algum senso de direção, Krystall se vê em situação desesperadora ao perceber que seus poderes místicos falhavam. Enquanto ela testava o uso de seus projéteis mágicos um ser a observa. Temendo esse novo mundo, ela o ataca, sem sucesso.

-Posso observar que você tem um grande potencial, minha jovem-de-outro-lugar.- diz o ser, sorrindo- Mas a magia como você a conhece não existe mais desde que Ela foi assassinada...
-Ela quem?- pergunta a feiticeira, injuriada por seu ataque não ter tido sucesso.
- Quem o que, Krystall? Está falando com quem?- Alminio surgira naquele momento
O elfo não podia ver o ser, deduziu Kristall. Ela se afastou para a floresta, para que seus companheiros não a taxassem de louca.

- Mystra, oras, a Senhora da Magia. Sim, você pode me ouvir em seus pensamentos. Você realmente não é desse lugar, não é mesmo?- o estranho ser com pernas caprinas se teleporta de um lado para outro, deixando um cheiro de enxofre que somente Kristall pode sentir- então eu talvez possa lhe ajudar com esse...probleminha que você está tendo com a Magia...bem, na verdade eu poderia interceder junto à minha Senhora para que ela lhe auxiliasse...

Krystall parou para pensar. Desde que chegara aquele estranho lugar, completamente diferente de onde viera, seus poderes realmente não funcionavam. Ela sentia canalizar sua energia o pulsar em seus membros, mas ela não funcionavam. Ela precisava saber o que acontecera a todos os seus conhecimentos arcanos.

- Quem é sua senhora? E porque você quer me ajudar?
- Muitas perguntas jovem-que-não-é-deste-lugar... O nome de minha senhora não convém deste momento, nomes são coisas poderosas e não há necessidade de incomoda-la neste momento... Eu quero lhe ajudar porque você tem algo que me interessa. Você tem um potêncial para com a magia, mas não sabe manipula-la neste mundo. Eu preciso de alguém para recuperar algo de minha senhora, um medalhão, roubado por um bando de kobolds que não têm idéia do carregam e que eu não posso pegar...
-Veja bem- continuou o pequeno ser- eu não tenho poderes no seu mundo, mas posso concede-los a alguém que possa usa-los. Eu poderia restituir sua magia se você me ajudar a devolver o medalhão de minha senhora...Um acordo muito justo, eu diria. Você só precisa me entregar o medalhão e eu posso deixar você usar de minha magia por esse tempo...
"Melhor algum poder do que poder algum nesse mundo hostil e, afinal, o acordo parece bom. São apenas kobolds e eu só tenho de entregar o medalhão..."
- Está bem. Mas o acordo termina quando eu entregar o medalhão..
-Muito bem minha jovem. Agora eu preciso saber seu nome para que nosso pacto tenha efeito.
- Meu nome é Krystall
-E o meu é Meurum.
Ao ouvir nome do ser, Krystall sentiu um crepitar em seu corpo, como uma chama vinda de dentro de sua mente, de dentro de seu coração.

Fechei os olhos e comecei a cair, cair. O fim da queda não chegava. Minha cabeça girava sem parar enquanto imagens surgiam em flashes rápidos. Minha querida irmã Pérolla, seu sorriso tão verdadeiro, seus olhos cor de esmeralda tão diferentes dos meus, os cabelos negros e longos, esses sim idênticos em nós duas. Nossos primeiros poderes se manifestando como brincadeiras de criança, a intolerância e o preconceito que sofríamos em nosso pequeno povoado por sermos humanas que usavam magia natural, “sem estudo, sem explicação”, o pacto que fizemos antes de nos separar para sempre, a viagem até Époupai, minhas primeiras apresentações como dançarina de rua, a primeira vez que vi o doce Mórion enquanto me apresentava em uma taverna da cidade, o treinamento em magia intuitiva que recebi dele, seu sumiço sofrido e repentino, a grande inundação, o grupo de aventureiros formado, as batalhas que se seguiram, terminando com nossa queda no misterioso portal, tantas cenas, tantas lembranças, mas de repente uma parada brusca e uma sensação muito, muito ruim.

Abri os olhos. Lá estava eu estendida no chão da floresta. A fisionomia de Meurum me encarou em meio à folhagem e aos poucos raios de sol. Assim que seu rosto se tornou mais nítido, pude ver que ele pronunciava algumas palavras em uma língua estranha. Senti então meu corpo queimar. Era como uma febre alta, um calor que vinha de dentro para fora. Comecei a suar. Os dedos dos pés e das mãos formigavam. Pensei que ele estivesse me atacando e me desesperei. Buscava o ar para respirar e ele não vinha. Tentava gritar para meus companheiros e a voz não saía. A visão escureceu novamente e meu corpo começou a convulsionar sem controle. Novos flashes, novas cenas, dessa vez nada familiares. Vi minha irmã combatendo com desenvoltura um grupo inimigo. Ela usava magias que eu nunca havia visto antes. Com os cabelos soltos e esvoaçantes, apoiada com a mão esquerda em um poderoso cajado, ela disparava chamas que saíam diretamente dos dedos de sua mão direita e atingiam os inimigos em cheio, cobrindo-os por aquela energia infernal. Depois, ainda usando a mesma mão direita, sua poderosa magia criava uma garra escura e sinistra que rasgava seus oponentes e os arrastava para longe com uma violência assustadora. Empunhando o cajado, ela disparava uma rajada de energia crepitante na direção dos inimigos ou então fazia aparecer sobre os combatentes uma lava pegajosa e líquida que queimava tudo o que encontrava. Eu estava delirando, mas parecia muito real. Tão real que eu instintivamente chamei por minha irmã. "Pérolla?" Ela virou-se para mim, em uma fração de segundos, desapareceu e quando reapareceu já estava a poucos metros de mim, com os olhos brilhando em tons, de vermelho, violeta, laranja e por fim... Negros. Negros? Mas, então...

Uma gargalhada misteriosa me fez voltar à realidade e abrir meus próprios olhos negros num susto! Era Meurum quem ria enquanto segurava o cajado dos meus delírios.

- Sim, garota. Aquela é você, Kristall... Esses são seus poderes de agora em diante e até o momento em que você me entregue o medalhão de minha senhora. Acredito que agora você já está preparada para usá-los!

Num piscar de olhos o ser sumiu e só o cajado ficou em seu lugar, encostado em uma das árvores. Estiquei os dedos para alcançá-lo mas antes disso, num ímpeto, arranquei o véu que antes deixava somente meus olhos à mostra e soltei meus longos cabelos. Já era hora de parar de se esconder. Segurei o cajado com firmeza e foi como se ele sempre tivesse sido meu

Mal teve tempo para se recuperar da estranha sensação quando ouviu gritos ao longe..

2 comentários:

Kathy disse...

ahahaa
legal...
eu TINHA que crepitar né?? rs

Rodrigo Alexandre disse...

HUhauhau
Poderes crepitantes!
Um aviso: Como eu não gravo a sessão, o que se tem no blog é uma livre adaptação daquilo que realmente ocorreu, ok?
Diálogos são montados em função do texto, mas também podem conter dicas de coisas do jogo.