sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O Mago Eladrin




Zöntra seguia o mapa que havia pego na biblioteca de seu tio em Cromillion. O velho havia lhe dito que era um caminho infestado de saqueadores e feras selvagens, mas ainda assim o jovem eladrin não pretendia ficar ali, preso as inverdades que haviam lhe contado desde pequeno. Durante décadas ele ouvira histórias sobre seus ancestrais que simplesmente não casavam com a História Geral de sua raça e sentia-se constrangido perante sua classe de magia e seus amigos de infância cada vez que discutia-se sobre feitos familiares. Ele havia estado muito próximo ao Medalhão de Escavandra, mas o casebre de sua tia-avó havia sido saqueado e ela, morta. As pegadas e rastros dos ladrões iam pela estrada que ele seguia há dias.
Zöntra já estava disposto a fazer pouso na próxima vila e buscar informações em algum templo quando gritos agudos lhe chamaram a atenção.

Não se pode dizer que a batalha que se seguiu tenha sido um primor na arte da guerra. Zöntra for a acuado por dois saqueadores kobolds que, mesmo sendo criaturas pequenas ofereciam certo risco quando em maior número. O jovem mago percebera que haviam mais criaturas escondidas nos arbusto e já estava de espada em riste quando ouviu um enorme ser com uma lança na mão, avançando. Duas flechas zuniram e acertaram um dos kobolds enquanto o eladrin acertava-lhe o flanco com sua espada. A tensão no campo pareceu aumentar com a chegada de uma mulher e da chegada de mais kobolds. A mulher utilizara uma magia antiga, que Zöntra só ouvira falar nos salões de sua escola. O dracomorfo - o primeiro que Zöntra já vira em sua vida- escolheu outro dos kobolds como alvo e, em seu minuto de distração, foi atingido na perna pela lamina afiada de um de seus inimigos. A dor retomou-lhe a concentração. Percebendo a situação a sua volta, Zöntra buscou o caminho entre o plano em que se encontrava e seu plano natal, a Arcádia das Fadas e caminhou, com a rapidez de sua raça, para o lado do elfo arqueiro que lhe ajudava naquele momento. Para os outros envolvidos na batalha, o mago havia se teleportado bem a tempo de não tomar outra estocada do saqueador kobold. Sorrindo, Zöntra olhou para o elfo e moldou em sua mente uma chuva de afiadas adagas misticas, que retalharam o kobold, que caiu morto. Revigorados pelo calor da batalha, os heróis avançavam contra as criaturas, que caiam mortas a cada investida. Tiveram tempo ainda de ver uma das criaturas correr em fuga desesperada floresta adentro quando o ultimo dos kobolds caiu.

Os companheiros de batalha se aproximaram de Zöntra. Unidos pela adversidade eles se reconheciam como heróis, pessoas de bem enfrentando um mundo que poderia ser bom, mas ainda era infestado por criaturas amorais ou malignas o suficiente para conscientemente atacar um incauto sozinho na floresta. Havia muito ainda o que fazer para que Toril fosse um lugar melhor para se viver.